Xamanismo Urbano
Não sei quanto a vocês, mas eu tenho locais de poder dentro de São Paulo. Locais que por motivos diversos me proporcionam abrigo, conforto, resoluções e coisas do gênero. Após realizar exercícios xamânicos no Parque do Ibirapuera para entrar em contatos com meus animais de poder e ter encontrado no próprio parque o MEU local de poder, resolvi consagrar meus outros “lugares sagrados”.
Particularmente, acredito que a energia residual deixada pelas pessoas que freqüentam certos lugares acaba por se acumular e ganhar vida própria, gerando aquilo que se convencionou chamar de “formas-pensamento”. Algumas delas se tornam tão poderosas que passam a influenciar as pessoas que nelas entram. Exemplos clássicos disso são motéis, cemitérios e baladas em geral. A título de experiência, observe seu comportamento quando viaja e verá que você se comporta de maneira diferente quando visita cidades diferentes.
Partindo desse princípio, é possível entrar em contato com as formas-pensamentos dos lugares e aproveitar de suas benesses ou prevenir seus males. Mas aí vem a questão: como se faz isso?
Quando se fala de lugares dentro de uma cidade, como baladas, cemitérios e motéis, até fácil se fechar ou se deixar influenciar por elas, visto que seus efeitos são um tanto quanto óbvios. Nesses casos um simples banimento através de gargalhadas ou o uso de algum amuleto/erva/artefato especialmente preparado para isso dá conta do recado. Ou nos abrimos mais ainda quando queremos ser influenciados por elas.
Mas no caso de cidades a coisa é mais complicada, visto que seu “espírito” é o conjunto de formas-pensamento de todas as pessoas e lugares nelas contidas.
Viajando na maionese, peguei o mapa de São Paulo e dei uma bela olhada. Se formos pensar que o coração da cidade está no seu centro, temos aí um baita imbróglio: tanto no centro da cidade quanto dos bairros temos uma porra de uma igreja católica erguida (os caras sabiam o que estavam fazendo). Poderíamos então pensar que os centros de poder já estão tomados e lamentar que chegamos tarde, certo?
Que os herméticos e wiccans, fiquem lamentando e procurando outros lugares! Acredito que nós magistas do Caos temos como contornar esse “pequeno problema”.
Aqui vai a solução que tenho adotado para em um primeiro momento para entrar em contato com os espíritos dos bairros onde se encontram meus locais de poder: eu entro na igreja e peço gentilmente licença ao nosso bom e velho Jeová para entrar em contato com o espírito do local. Sentindo que a licença me foi dada, saio da igreja e me dirijo até o MEU local de poder. Lá entro em gnose (o método para atingi-la vai da cada um) e tento falar com o espírito do lugar, que chamo pelo nome do bairro mesmo. Feito o primeiro contato, eu então começo a tentar “cativar” o espírito cuidando do meu local de poder: sempre que passo faço uma reverência, não jogo mais lixo no local, medito lá e então vou criando afinidade com o espírito do bairro. Quem trabalha com xamanismo sabe que o tratamento dado ao espírito é algo mais como amizade do que as “invocações” ou servidores que são mais usados.
Eu particularmente entro na igreja por ter afinidades com a egrégora cristã, mas não acredito que isso é essencial para o processo. De qualquer maneira, aí está o método que tenho usado.
Não tenho exatamente um método para “sentir” a energia de um lugar, vou mais pela tentativa e erro. Como eu tenho uma empatia forte, de repente tenho mais facilidade, mas vamos tentar alguma coisa...
Observe como se comporta quando freqüenta certos lugares. Tente mensurar até onde isso é aquilo que chamamos de “máscaras sociais” e até onde não são influências das chamadas “formas-pensamento”. Quando você coloca o pé dentro de um cemitério, seu comportamento muda? Quando você entra em uma balada, você fica mais empolgado, mais sexy, ou algo do tipo?
Pode ser que analisar você mesmo seja meio complicado, então comece observando seus colegas e verá que os comportamentos mudam. Daí vendo o que muda se pode identificar qual a influência exercida e então você decide se quer ser influenciado por essas energias ou não.
Particularmente, acredito que a energia residual deixada pelas pessoas que freqüentam certos lugares acaba por se acumular e ganhar vida própria, gerando aquilo que se convencionou chamar de “formas-pensamento”. Algumas delas se tornam tão poderosas que passam a influenciar as pessoas que nelas entram. Exemplos clássicos disso são motéis, cemitérios e baladas em geral. A título de experiência, observe seu comportamento quando viaja e verá que você se comporta de maneira diferente quando visita cidades diferentes.
Partindo desse princípio, é possível entrar em contato com as formas-pensamentos dos lugares e aproveitar de suas benesses ou prevenir seus males. Mas aí vem a questão: como se faz isso?
Quando se fala de lugares dentro de uma cidade, como baladas, cemitérios e motéis, até fácil se fechar ou se deixar influenciar por elas, visto que seus efeitos são um tanto quanto óbvios. Nesses casos um simples banimento através de gargalhadas ou o uso de algum amuleto/erva/artefato especialmente preparado para isso dá conta do recado. Ou nos abrimos mais ainda quando queremos ser influenciados por elas.
Mas no caso de cidades a coisa é mais complicada, visto que seu “espírito” é o conjunto de formas-pensamento de todas as pessoas e lugares nelas contidas.
Viajando na maionese, peguei o mapa de São Paulo e dei uma bela olhada. Se formos pensar que o coração da cidade está no seu centro, temos aí um baita imbróglio: tanto no centro da cidade quanto dos bairros temos uma porra de uma igreja católica erguida (os caras sabiam o que estavam fazendo). Poderíamos então pensar que os centros de poder já estão tomados e lamentar que chegamos tarde, certo?
Que os herméticos e wiccans, fiquem lamentando e procurando outros lugares! Acredito que nós magistas do Caos temos como contornar esse “pequeno problema”.
Aqui vai a solução que tenho adotado para em um primeiro momento para entrar em contato com os espíritos dos bairros onde se encontram meus locais de poder: eu entro na igreja e peço gentilmente licença ao nosso bom e velho Jeová para entrar em contato com o espírito do local. Sentindo que a licença me foi dada, saio da igreja e me dirijo até o MEU local de poder. Lá entro em gnose (o método para atingi-la vai da cada um) e tento falar com o espírito do lugar, que chamo pelo nome do bairro mesmo. Feito o primeiro contato, eu então começo a tentar “cativar” o espírito cuidando do meu local de poder: sempre que passo faço uma reverência, não jogo mais lixo no local, medito lá e então vou criando afinidade com o espírito do bairro. Quem trabalha com xamanismo sabe que o tratamento dado ao espírito é algo mais como amizade do que as “invocações” ou servidores que são mais usados.
Eu particularmente entro na igreja por ter afinidades com a egrégora cristã, mas não acredito que isso é essencial para o processo. De qualquer maneira, aí está o método que tenho usado.
Não tenho exatamente um método para “sentir” a energia de um lugar, vou mais pela tentativa e erro. Como eu tenho uma empatia forte, de repente tenho mais facilidade, mas vamos tentar alguma coisa...
Observe como se comporta quando freqüenta certos lugares. Tente mensurar até onde isso é aquilo que chamamos de “máscaras sociais” e até onde não são influências das chamadas “formas-pensamento”. Quando você coloca o pé dentro de um cemitério, seu comportamento muda? Quando você entra em uma balada, você fica mais empolgado, mais sexy, ou algo do tipo?
Pode ser que analisar você mesmo seja meio complicado, então comece observando seus colegas e verá que os comportamentos mudam. Daí vendo o que muda se pode identificar qual a influência exercida e então você decide se quer ser influenciado por essas energias ou não.
4 Comments:
Adoraria deixar prá discutir presencionalmente,mas algumas pessoas que lêem o blog de repente podem,até por não nos conhecer,deixar de ter acesso à informação...
Tudo bem Leósias...tu dá aula de catequese,vai na igreja normalmente,o pessoal da tua igreja sabe e respeita quanto ao caoticismo e magia e afins...mas falamos de egrégoras e formas-pensamento locais,então quanto tu entra na tua igreja,as formas pensamento de lá lhe aceitam pois lhe conhecem,é algo do ar de lá...mas numa igreja na qual tu nunca entrou,aonde por acaso tu peça "licensa formal xamanica",as formas do local não lhe atrapalham?Por mais que possamos generalizar e dizer:"Ah,Deus conhece o Aléssio e sabe o que ele faz,será bem-vindo",mas me dirijo justamente às formas locais,e não pela egrégora cristã...por esta talvez não tenha problemas,tu tem educação católica e vai nos cultos,dá aulas e tals...mas e as formas de outros locais,estas seriam outras pessoas,que talvez nem se dêem conta de sua presença,mas que a qualquer menção,ainda que em pensamento,à palavra magia,não criariam uma barreira,ainda que minima,para o seu trabalho?
Sei que é picuinha...mas me deu a curiosidade...
Nunca parei p/ pensar nisso, mas creio q inconscientenmente escondo aspectos meus e mostro mais outros...
Ah sim, e tem assuntos q eu não comento. Não abertamente pelo menos...
Alem disso, se tratando de "formas-pensamento cristãs", elas não estão automaticamente conectadasà egregora cristã e, consequentemente à forma-deus biblica?
Em tese sim, mas a forma como eu a utilizo fica amei critério...
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