Que Comecem os Jogos!
Faz algum tempo já que ando me sentindo estagnado. “Mas cara,” – poderiam me dizer – “Você trabalha, estuda, tem família, amigos, namorada. Muita gente da sua idade não tem isso”. Não tem, mas deveria. Ter tudo isso que eu tenho é básico e, se todo mundo não tem, alguma coisa está errada.
Numa primeira tentativa de mudar o mundo, busquei os ensinamentos de Jesus e Jeová e entrei de cabeça na Igreja Católica Apostólica Romana. Fui coordenador de grupo de jovens, membro das pastorais do dízimo e vocacional, ajudei em tantas coisas quanto me foi possível. Mas reparei que lá não se busca mudança, e sim uma “salvação” baseada em códigos de conduta que todo mundo finge que segue e fica por isso mesmo.
Enveredei então para a via do anarquismo individual . Escrevi dezenas de cartas e panfletos anônimos e espalhei o tanto quanto podia, mas cansei pela simples falta de qualquer tipo de retorno.
Então entrei na faculdade e com ela veio o Movimento Estudantil. Devo admitir que foi lá que eu cheguei mais próximo do que imagino ser um ideal. Havia clima e pessoas para tentarmos mudar, senão o mundo, parte dele. E chegamos perto da vitória inúmeras vezes. Mas a faculdade acabou e com ela tudo isso.
Veio então a política de fato e realizei trabalhos com a prefeitura. Mas após um tempo reparei que a ânsia por poder é maior que o bem público.
Minha última tentativa foi me enveredar pelo meio ocultista. Mas tudo que vi lá foi uma briga egóica por resquícios de poderes maiores e atenção dos outros.
Não, não caí fora de nenhum dos meios acima citados. Em cada um deles criei laços de amizades e afins, de modo que atuo em todos eles, de forma maior ou menor. Mas não atuo mais com aquela ânsia de mudar o mundo. Estou lá pura e simplesmente porque gosto dos locais e pessoas.
Se existe alguma outra maneira de atuação, eu não sei. Pelo menos nesse plano não achei mais nada que pudesse fazer com tesão. Sinceramente, pensei em me matar só pra ver o que tinha do outro lado.
Mas esses dias tive uma epifania/satori/iluminação/coisa maravilhosa. Eu sempre me ferro porque me sinto sozinho, porque quero ver o levante coletivo agindo ao meu lado ou eu ao lado deles e (por que não?) receber pelo menos um “obrigado” depois disso. Mas vi que isso não vou ter.
Cansei de esperar “o líder” levantar-se e guiar a multidão. Cansei de tentar ser esse líder. Cansei de esperar pela conjuntura sócio-político-cultural certa para poder agir. Cansei de grupos que mudam quando estão no topo. Cansei de esperar a revolta pública acontecer. Cansei de brigar por coisas em que não acredito.
O líder não vai vir e eu não sou ele. Estamos esperando o momento político certo desde Marx e até agora nada. Grupelhos pseudo-revolucionários chegam ao poder e mudam. Ficamos esperando alguém agir e ninguém toma iniciativa nenhuma. E as coisas em que eu acredito podem ser mudadas.
Se o mundo não quer ser mudado, foda-se. Se as pessoas não querer ajudar, foda-se. Farei as coisas do mesmo jeito, se não pelo mundo e por vocês, farei pelo puro e simples prazer de fazer. Cansei de uma “política de resultados”. Provavelmente quando eles vierem estarei morto já, que quer dizer que para mim eles nunca vão existir. Mas isso deixou de me incomodar.
Vou andar de batalha em batalha pelo puro e simples prazer de batalhar e cada uma delas será a última. Se você estiver ao meu lado nela tenha certeza que morrerei por você. Mas não esperem “porquês” e nem me cobrem explicações. Elas não existem.
Não sei quanto tempo isso vai durar e, sinceramente, não me importo.
Beijos na bunda de todos,
Leósias – O Errante
Associação Filhos do Caos
Numa primeira tentativa de mudar o mundo, busquei os ensinamentos de Jesus e Jeová e entrei de cabeça na Igreja Católica Apostólica Romana. Fui coordenador de grupo de jovens, membro das pastorais do dízimo e vocacional, ajudei em tantas coisas quanto me foi possível. Mas reparei que lá não se busca mudança, e sim uma “salvação” baseada em códigos de conduta que todo mundo finge que segue e fica por isso mesmo.
Enveredei então para a via do anarquismo individual . Escrevi dezenas de cartas e panfletos anônimos e espalhei o tanto quanto podia, mas cansei pela simples falta de qualquer tipo de retorno.
Então entrei na faculdade e com ela veio o Movimento Estudantil. Devo admitir que foi lá que eu cheguei mais próximo do que imagino ser um ideal. Havia clima e pessoas para tentarmos mudar, senão o mundo, parte dele. E chegamos perto da vitória inúmeras vezes. Mas a faculdade acabou e com ela tudo isso.
Veio então a política de fato e realizei trabalhos com a prefeitura. Mas após um tempo reparei que a ânsia por poder é maior que o bem público.
Minha última tentativa foi me enveredar pelo meio ocultista. Mas tudo que vi lá foi uma briga egóica por resquícios de poderes maiores e atenção dos outros.
Não, não caí fora de nenhum dos meios acima citados. Em cada um deles criei laços de amizades e afins, de modo que atuo em todos eles, de forma maior ou menor. Mas não atuo mais com aquela ânsia de mudar o mundo. Estou lá pura e simplesmente porque gosto dos locais e pessoas.
Se existe alguma outra maneira de atuação, eu não sei. Pelo menos nesse plano não achei mais nada que pudesse fazer com tesão. Sinceramente, pensei em me matar só pra ver o que tinha do outro lado.
Mas esses dias tive uma epifania/satori/iluminação/coisa maravilhosa. Eu sempre me ferro porque me sinto sozinho, porque quero ver o levante coletivo agindo ao meu lado ou eu ao lado deles e (por que não?) receber pelo menos um “obrigado” depois disso. Mas vi que isso não vou ter.
Cansei de esperar “o líder” levantar-se e guiar a multidão. Cansei de tentar ser esse líder. Cansei de esperar pela conjuntura sócio-político-cultural certa para poder agir. Cansei de grupos que mudam quando estão no topo. Cansei de esperar a revolta pública acontecer. Cansei de brigar por coisas em que não acredito.
O líder não vai vir e eu não sou ele. Estamos esperando o momento político certo desde Marx e até agora nada. Grupelhos pseudo-revolucionários chegam ao poder e mudam. Ficamos esperando alguém agir e ninguém toma iniciativa nenhuma. E as coisas em que eu acredito podem ser mudadas.
Se o mundo não quer ser mudado, foda-se. Se as pessoas não querer ajudar, foda-se. Farei as coisas do mesmo jeito, se não pelo mundo e por vocês, farei pelo puro e simples prazer de fazer. Cansei de uma “política de resultados”. Provavelmente quando eles vierem estarei morto já, que quer dizer que para mim eles nunca vão existir. Mas isso deixou de me incomodar.
Vou andar de batalha em batalha pelo puro e simples prazer de batalhar e cada uma delas será a última. Se você estiver ao meu lado nela tenha certeza que morrerei por você. Mas não esperem “porquês” e nem me cobrem explicações. Elas não existem.
Não sei quanto tempo isso vai durar e, sinceramente, não me importo.
Beijos na bunda de todos,
Leósias – O Errante
Associação Filhos do Caos
4 Comments:
Temos Muitas coisas em comuns
Leósias
esqueça o poema, clique no link
acabei de postar algo para vcs,
o importante está no link
remember this!
Tem mais,
muito mais
Valeu mesmo!!!
Lincaremos o seu aqui tb!!!
Nice colors. Keep up the good work. thnx!
»
Super color scheme, I like it! Good job. Go on.
»
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